O Governo reconhece que a prevalência do HIV-SIDA, em  Moçambique, continua elevada, apesar de progressos assinaláveis, nos últimos anos, no que diz respeito ao alcance das metas 95-95-95 da ONUSIDA.

Ou por outra, 95% dos indivíduos seropositivos conhecem o seu estado, 95% dos que conhecem o seu estado seropositivo estão em tratamento antirretroviral e 95% dos que estão em tratamento atingem a supressão viral.

Segundo o Primeiro-Ministro Moçambicano, Adriano Maleiane, a percentagem de pessoas que vivem com o HIV-SIDA e conhecem o seu estado serológico cresceu significativamente, passando de 39% em 2015 para 70% em 2021.

No entanto, Maleiane, que falava na abertura da 17ª Conferência Internacional de Pesquisa sobre Tratamento, Patogénese e Prevenção do HIV em Regiões com Escassez de Recursos – INTEREST 2023, disse “a prevalência do HIV ainda permanece elevada no nosso país e a doença ainda representa uma importante causa de morte, constituindo, por isso, um desafio de saúde pública.”

O governante acredita que para o controlo desta doença, em países africanos e no mundo em geral, deve-se continuar a buscar mecanismos que permitam consolidar respostas orientadas por evidência científica, assim como pela identificação e incorporação de inovações científicas e tecnológicas.

Para Maleiane, a Conferência constitui uma oportunidade ímpar para a promoção de acções para a busca de evidência científica e sua tradução em política pública mais arrojadas.

“Por isso, é nossa expectativa que nesta Conferência sejam discutidas as mais recentes evidências científicas sobre HIV em África e identificadas soluções científicas e tecnológicas para acelerar a marcha rumo às metas de controlo desta doença até 2030”, disse o Primeiro-Ministro.

Por outro lado, a nível do continente africano, o Primeiro-Ministro destacou progressos ao longo da última década, que se consubstanciam pelo facto de a região ter registado uma redução em cerca de 44% em relação ao número de novas infecções pelo HIV e 55% em relação ao número de óbitos relacionadas com a doença.

Embora estes dados sejam encorajadores, sublinhou, o continente africano tem um longo caminho a percorrer tendo em conta que, segundo os dados estatísticos da ONU SIDA referentes a 2021, das 38 milhões de pessoas que vivem com o HIV-SIDA em todo o mundo, cerca de 26 milhões estão em África Subsaariana. “Este quadro demonstra que o HIV continua a representar um importante desafio de saúde pública a nível global e no continente africano em particular”, vincou.

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