Lê na integra o comunicado

A Ordem dos Médicos de Moçambique (OMM) e a Associação Médica de Moçambique (AMM) denunciam a falta de condições adequadas  que visam garantir a devida protecção dos profissionais da saúde que se encontram na “linha da frente” no combate contra o novo Coronavírus.

“Atendendo ao défice de profissionais no Sistema Nacional de Saúde, a sua protecção contra a COVID-19 reveste-se de importância.”

Num comunicado conjunto,   as duas organizações criticam a falta das devidas condições  para o exercício das actividades dos médicos e outros técnicos de saúde que lidam directamente com vários pacientes, incluindo os infectados pelo novo coronavírus.

“Num inquérito feito a 139 médicos realizado pela Associação dos Médicos de Moçambique em virtude do surgimento da pademia no país,   constatou-se que mais da metade destes profissionais não tinha recebido material de protecção individual e completa”, lê-se no documento.    

Segundo as duas organizações, o Sistema Nacional de Saúde fica menos capaz de proteger os cidadãos, quando tem os profissionais de saúde não devidamente protegidos.

No comunicado divulgado no dia 23 de Outubro,  lamentam o desaparecimento físico do Dr António Guilherme Mujovo que desempenhava, à data da sua morte, a função de assessor do Ministro da Saúde, Armindo Tiago. Mujovo não teria recebido cuidados de saúde adequados em condições condignas.

“Se o nosso Sistema Nacional de Saúde não conseguiu proteger um profissional de tamanha envergadura, o que vai ser dos jovens profissionais? O que vai ser da população que vive no limiar da pobreza?”, questiona-se no documento.

O Observatório do Cidadão para Saúde (OCS) endossa a posição da Ordem dos Médicos e da Associação Médica de Moçambique.

Diante deste cenário, o Observatório do Cidadão para Saúde (OCS) entende que o Ministério da Saúde (MISAU) deve alocar um montante considerável  dos recursos financeiros que tem vindo a ser disponibilizados pelos parceiros internacionais na protecção dos médicos e ouros profissionais de saúde.

O MISAU deve criar um plano claro que garanta todos os mecanismos e materiais de proteção e para   prevenção contra a COVID-19, de modo a que  dos médicos  estejam mais seguros no exercício das suas activadades, assim como deve haver um aumento dos subsídios para a classe visto que  é  a que mais tem sido sobrecarregada pelas longas horas da jornada laboral, como também é a que mais exposta está. 

Em Moçambique, muitos profissionais de saúde não se sentem seguros de trabalhar nas unidades hospitalares. Até ao mês de Junho pelo menos 35 profissionais da saúde tinha sido contaminados pela COVID-19.

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